Joaquim Pinto Mendes, faz uma apresentação do que encontrou acerca da freguesia e confirmou que Novelas, tem uma história milenar.
Esta foi uma terra que o viu nascer, e só por isso sente uma enorme alegria de viver, e do seu interesse histórico pela freguesia de Novelas.
Uma freguesia muito grande em cultura e associativismo, é mágica e não é necessário perder-se tempo com pequenas coisas medíocres e sem importância, para caracterizar os objectivos, que fizeram e fazem com que seja um terra de cultura uma terra de glória uma terra de vencedores.
Pesquisou exaustivamente no Arquivo Municipal e Museu Municipal, na Biblioteca Municipal e na Torre do Tombo e encontrou jornais que retratavam a freguesia de Novelas. Por volta do ano de 1750 em Novelas registavam-se 100 fogos e 310 habitantes, uma povoação que se dedicava não só á arte do cultivo do linho, associada à lavoura como a outras hoje quase extintas entre elas, tanoeiro, ferreiro, tecedeira e sapateiro que serviam a freguesia e populações vizinhas.
No entanto já ultimamente, a comarca de Penafiel vinha a integrar a freguesia de Novelas e registava pela primeira vez, históricos contributos da população.
Os residente das Quintas de Bujanda, Poços, Pinheiro, Penedos e Monte, alguns oriundos de casas senhoriais já existentes outros filhos de criados de servir acomodaram-se como colaboradores nas fainas agrícolas, e no cultivo do linho era predominante nas lides dos campos.
Por cá retratavam-se as primeiras notícias da freguesia de Novelas, os primeiros acontecimentos, os primeiros nascimentos numa terra que era caracterizada pelo sector económico primário de origem rural e agrícola e assim e continuou a ser durante algumas décadas.
Praticava-se uma agricultura em regime de auto-subsistência, e apesar de este sector ter desempenhado o papel mais importante no desenvolvimento económico local, aproveitado pelos solos férteis nas margens do rio Sousa, a agricultura no entanto mesmo assim não registou, investimentos nos últimos anos.
Distando da vizinha Sede do Concelho de Penafiel, e com aproximadamente três quilómetros pela parte noroeste, Novelas foi se desenvolvendo e delimitando o seu espaço, confinando a nascente com as freguesias de Penafiel e Bustelo; a norte a de Lodares, do concelho de Lousada; a poente a de Bitarães, do concelho de Paredes; e a sul a freguesia de Santiago de Sub-Arrifana.
A fixação da população acabaria por se localizar em maior número nas envolventes ao Rio Sousa, primeiro no lugar Alto da Ponte, Arcozelo de Além, Arcozelo de Aquém, Melote, Monte, Outeiro de Velhas, Ponte e mais tarde com o aparecimento da via-férrea se justificava também a fixação dos primeiros residentes nos lugares de Estação, Chaves, Covas, Covilhô, Jugueiro, Pinheiro, Ranha, Serrado, Tojinho e Campo.
Os jornais no século XIX e especialmente os tablóides da yellow press que começaram a aparecer em grande número a partir de 1870 – alcançaram tiragens incríveis e as artes do sector primário ainda sobreviveram durante várias épocas até 1875, resistindo até á chegada do comboio a vapor e começaram a aparecer os primeiros voluntários para ingressar como ajudantes na construção da via-férrea.